05 janeiro 2008

XVI Sonho

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Pouco a pouco o sonho dissolve, a nódoa de oiro alastra. Vai mexer com o subterrâneo, acorda os mortos, desenterra o sonho submerso há dois mil anos, sobressalta o instinto, bole com todas as almas sobrepostas até ao fundo da vida. Transforma, volta a existência do avesso, deita o muro abaixo. Por ora é só uma ideia, mas sai-nos de cima o peso do mundo...
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Raul Brandão
Húmus
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1 comentário:

Anónimo disse...

é um livro incrível, enorme, um dos que li várias vezes.